Ou seja, fazer o que
tem que ser feito, sem olhar a sustentabilidade das nossas TVs.
O voluntarismo cego é
impossível de manter-se nos tempos atuais, principalmente em uma TV Cidadania, hoje
temos que ter um planejamento estratégico que saiba: a quem servimos como vamos
servir, e ir além, que é saber como uma TV Pública como é a TV Cidadania, deve
ser auto-sustentável.
O quesito
auto-sustentabilidade é a parte mais exigente e que deve ser mais profundamente
esmiuçada em um planejamento estratégico.
A visão de auto-sustentabilidade
avança muito mais em um conceito ideológico do que em uma simples questão
semântica, pois exige que as nossas TVs sejam participantes, dinâmicas e tenham
a auto-sustentabilidade como um fim e não como um meio de servir a toda a
comunidade.
A auto-sustentabilidade
não está ancorada somente na questão econômico-financeira, a
auto-sustentabilidade é pluri-dimensional.
A
auto-sustentabalilidade é para além de econômico-financeira, envolvendo a
continua qualificação dos cidadãos que trabalham na TV, a melhoria dos nossos equipamentos,
os envolvimentos com nossos parceiros sejam eles os sociais, os de apoio
cultural ou financiadores sociais, o caráter moral, ético e legal da TV, das
instituições associadas e dos diretores que comandam o destino da TV.
Ou seja, a
auto-sustentabilidade não é um fenômeno avulso dentro de uma TV Comunitária
Pública, não é um simples movimento econômico-financeiro isolado e nem mesmo
acontece sozinho, por geração espontânea. Não existe nenhuma condição de
acontecer um processo de auto-sustentabilidade por si só em nossas TVs, ela, a
auto-sustentabilidade é construída e exige perseverança e trabalho árduo.
A Auto-sustentabilidade
não é por si só voluntarista, ou seja, é algo que depende simplesmente da
vontade e nem muito menos tecnicista que é algo que depende dos meios que
usamos.
A Auto-sustentabilidade
de nossas TVs esta condicionada a todo um grande contexto de desafios e
conquistas, tais como um projeto institucional sério, uma nobreza da causa da
criação da TV, a sua significatividade social-econômica-cultural para a
comunidade que está sendo criada, a sua sintonia com as políticas públicas, a
inquietude profética de seus dirigentes, a sua visão estratégica, a capacidade
de comprometimentos dos cidadãos que nela trabalham, a sua capacidade de
comunicação com toda a sociedade entre outras coisas.
A importância da TV
Comunitária Pública é de mostrar para a sociedade que a auto-sustentabilidade
da TV, provém também da sua interlocução com a sociedade. Quem não se comunica,
se empobrece e empobrece a comunidade.
A comunicação promove o
conhecimento e este por sua vez gera confiança, respeito, credibilidade e
empatia.
A comunicação é a
matriz de toda e qualquer TV Pública e principalmente em uma TV Comunitária,
mas a auto-sustentablidade é um fim a ser continuamente construído.
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