quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

NO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE NOSSOS CANAIS DA TV CIDADANIA NÃO PODEMOS MAIS SER CEGAMENTE ORIENTADOS PELO VOLUNTARISMO.


Ou seja, fazer o que tem que ser feito, sem olhar a sustentabilidade das nossas TVs.

O voluntarismo cego é impossível de manter-se nos tempos atuais, principalmente em uma TV Cidadania, hoje temos que ter um planejamento estratégico que saiba: a quem servimos como vamos servir, e ir além, que é saber como uma TV Pública como é a TV Cidadania, deve ser auto-sustentável.

O quesito auto-sustentabilidade é a parte mais exigente e que deve ser mais profundamente esmiuçada em um planejamento estratégico.

A visão de auto-sustentabilidade avança muito mais em um conceito ideológico do que em uma simples questão semântica, pois exige que as nossas TVs sejam participantes, dinâmicas e tenham a auto-sustentabilidade como um fim e não como um meio de servir a toda a comunidade.

A auto-sustentabilidade não está ancorada somente na questão econômico-financeira, a auto-sustentabilidade é pluri-dimensional.

A auto-sustentabalilidade é para além de econômico-financeira, envolvendo a continua qualificação dos cidadãos que trabalham na TV, a melhoria dos nossos equipamentos, os envolvimentos com nossos parceiros sejam eles os sociais, os de apoio cultural ou financiadores sociais, o caráter moral, ético e legal da TV, das instituições associadas e dos diretores que comandam o destino da TV.

Ou seja, a auto-sustentabilidade não é um fenômeno avulso dentro de uma TV Comunitária Pública, não é um simples movimento econômico-financeiro isolado e nem mesmo acontece sozinho, por geração espontânea. Não existe nenhuma condição de acontecer um processo de auto-sustentabilidade por si só em nossas TVs, ela, a auto-sustentabilidade é construída e exige perseverança e trabalho árduo.

A Auto-sustentabilidade não é por si só voluntarista, ou seja, é algo que depende simplesmente da vontade e nem muito menos tecnicista que é algo que depende dos meios que usamos.

A Auto-sustentabilidade de nossas TVs esta condicionada a todo um grande contexto de desafios e conquistas, tais como um projeto institucional sério, uma nobreza da causa da criação da TV, a sua significatividade social-econômica-cultural para a comunidade que está sendo criada, a sua sintonia com as políticas públicas, a inquietude profética de seus dirigentes, a sua visão estratégica, a capacidade de comprometimentos dos cidadãos que nela trabalham, a sua capacidade de comunicação com toda a sociedade entre outras coisas.

A importância da TV Comunitária Pública é de mostrar para a sociedade que a auto-sustentabilidade da TV, provém também da sua interlocução com a sociedade. Quem não se comunica, se empobrece e empobrece a comunidade.

A comunicação promove o conhecimento e este por sua vez gera confiança, respeito, credibilidade e empatia.

A comunicação é a matriz de toda e qualquer TV Pública e principalmente em uma TV Comunitária, mas a auto-sustentablidade é um fim a ser continuamente construído.

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