segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

AOS COMPANHEIROS DAS TVS COMUNITÁRIAS DO NOSSO BRASIL


Aílton Lima Costa
Diretor Executivo da
TV Cidadania
 canal 7 de
Uberlândia - MG

Uma TV COMUNITÁRIA tem o papel de dar visibilidade as mais diferentes opiniões do POVO, mostrando o sentido que o CIDADÃO dá á sua existência e demonstrando assim, que é na construção da vida cotidiana que está constituída a realidade social de um POVO, EMPODERANDO esse POVO para apropriar-se então de seu DIREITO a uma CIDADANIA PLENA.

A TV COMUNITÁRIA é totalmente diferente de uma Tv comercial que transforma todos os seus telespectadores em simples consumidores do mercado.

A TV COMUNITÁRIA tem o seu elo mais forte com um PÚBLICO CIDADÃO.

Mesmo não existindo um código de ética específico para as TV´s do CAMPO PÚBLICO, nós emissoras de TV COMUNITÁRIAS que fazemos parte deste CAMPO temos experiência acumulada em atitudes básicas em CIDADANIA e em DEMOCRÁCIA e podemos então destacar os programas em que  a ênfase é na ampliação e radicalização da DEMOCRÁCIA, com programas regionais e locais, voltados para a PROMOÇÃO e o RESPEITO Á CIDADANIA com ênfase á prioridade dos emponderamentos na forma de conhecimento nas mais diversas áreas como a educação, a cultura, ao esporte, á segurança pública, ao saneamento básico, ao  lazer entre tantos outros.

As TV´s COMUNITÁRIAS valorizam a interprogramação (os chamados intervalos comerciais nas emissoras), através de campanhas educativas, com destaque para a organização e mobilização dos mais diversos setores populares.

A independência da programação das TV´s COMUNITÁRIAS não acompanham uma grade de programação “partidária” que agora caracterizara as emissoras comerciais mantidas pelos donos da mídia tradicional.

Os problemas experimentados pelas TV´s COMUNITÁRIAS são praticamente os mesmos e podem ser agrupados em três níveis: no ordenamento jurídico, na qualidade de sua programação e no seu custeio. Esses três níveis acabam se interpenetrando, de tal maneira, que os problemas em um deles refletem nos demais, motivo pelo qual precisam ser enfrentados em conjunto.

Discutir a realidade das TV´s COMUNITÁRIAS não é assunto de interesse apenas para as instituições que atuam nestas EMISSORAS do CAMPO PÚBLICO e, menos ainda, dos políticos em geral. A discussão envolvendo este tópico coloca o dedo num aspecto essencial para DEMOCRATIZAR a relação do ESTADO BRASILEIRO como um TODO. Motivo pelo qual o adversário imediato das TV´s COMUNITÁRIAS tem sido exatamente os donos da mídia tradicional assim como os seus lobistas e os políticos que defendem raivosamente os tradicionais barões da mídia antiga.

A história das TV´s COMUNITÁRIAS mostra que estas emissoras só conseguiram avanços a custa de muita pressão.

Essa mesma pressão que precisa ser retomada, com urgência, porém com uma unicidade pelas TV´s do CAMPO PÚBLICO, assim como nas propostas para uma RADICALIZAÇÃO REAL da DEMOCRACIA garantindo a regionalização da produção de conteúdos, a difusão da cultura local e o direito á comunicação baseada em princípios de inclusão, participação e emancipação de todo o POVO.

E não há época melhor para tratar desse assunto que em um ano pré-eleitoral em que estaremos vivendo-o exatamente em nossas bases de atuação local. 

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